Esse ano o Brasil passa novamente por uma crise energética, com risco de apagão e muitas consequências para a população. Muito desse cenário é marcado pela escassez de chuva e diminuição do nível dos reservatórios das hidrelétricas. A elevada dependência da fonte hídrica (cerca de 70%) e a falta de planejamento e ação rápida agravaram a crise.
Diante do atual cenário, muitos consumidores podem optar por uma alternativa: o mercado livre de energia. Em 2021 a adesão a esse mercado tem crescido consideravelmente. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia (CCEE), esse ano o volume mensal de migrações já é o segundo maior da história (149), atrás do recorde de 2016 (192). Os consumidores que podem escolher seu fornecedor livremente são aqueles com demanda a partir de 1,5 MW. Entre 500 kW e 1,5 MW também é possível a migração, desde que se compre energia de fontes incentivadas, como eólica e solar.
Para o CEO da empresa Kroma Energia, Rodrigo Mello, no mercado livre de energia os consumidores têm previsibilidade nos custos de energia e ficam protegidos de reajustes.
Nos últimos anos o mercado de energia tem apresentado algumas alternativas aos consumidores. Dentre essas opções, duas delas tem sido tendência no mundo e apresentado um crescimento constante no Brasil: a autoprodução e a geração distribuída.
A geração distribuída permite que consumidores cada vez menores possam optar pela utilização de energia mais sustentável e com custos reduzidos. Já a autoprodução os consumidores livres geram sua própria energia.
Nesses modelos o consumidor se torna um “prosumidor”, contribuindo ativamente na mitigação da crise energética uma vez que aumenta a capacidade instalada de geração no país. “A maior parte dos novos investimentos nessas modalidades de geração têm sido em fontes solar, eólica e cogeração, reduzindo a dependência da fonte hídrica”, ressalta Mello.
A energia elétrica é um dos principais insumos nas empresas. Reduzindo os custos com energia a partir da migração para o mercado livre, Autoprodução ou Geração Distribuída, as empresas se tornam mais competitivas em seus nichos. Quando a energia é proveniente de fontes renováveis, há ainda de se considerar o fator ambiental consumidores e investidores estão cada vez mais interessados em saber o impacto causado pelas empresas.
De acordo com Rodrigo Mello, com a redução nos preços para instalação de projetos de geração solar e eólica, novos parques entram em operação a cada dia e os recordes de geração serão ultrapassados corriqueiramente. “As energias eólica e solar estão tendo um papel essencial em reduzir a pressão da geração hídrica. As fontes são complementares e por isso a importância da diversificação da matriz elétrica”, finalizou.