Nos próximos anos o mercado livre de energia passará por uma expansão e terá um crescimento da potência instalada no Sistema Interligado Nacional (SIN). Desse crescimento, 78% correspondem a empreendimentos contratados exclusivamente no mercado livre de energia, que hoje possuem 2 GW de potência e devem chegar a 34 GW nos próximos dez anos.
A projeção foi feita pela MegaWhat Consultoria e os dados constam da análise “Panorama da Energia Elétrica, do curto ao longo prazo”. A expansão total considera empreendimentos existentes, contratados por meio dos leilões regulados e mercado livre, além de descomissionamento de usinas a óleo combustível (4,56 GW), a carvão (1,22 GW) e de eólicas do Proinfa (1,28 GW).
“A Kroma vem se preparando para essa expansão através de sua plataforma completa de energia e quando a gente fala em expansão, fala no aumento no número de consumidores, número de agências no mercado livre, e também tem que ter geração, energia suficiente para atender os consumidores”, lembra Rodrigo Mello, CEO da Kroma.
<strong>Foco está nas fontes renováveis</strong>
Na expansão de potência do mercado livre, predominam usinas das fontes solar, biomassa e eólica, sendo que as duas primeiras possuem mais de 90% da potência viabilizada exclusivamente no Ambiente de Contratação Livre (ACL). No mesmo sentido, 69% da expansão da fonte eólica ocorre no mercado livre.
Com os investimentos em geração de energia, a tendência é que o consumidor passe a ter mais consciência sobre o seu consumo. Isso é um processo que acontece desde o início da cadeia produtiva. Com a geração sendo proveniente de fontes limpas e renováveis, o consumo de energia passa a ser sustentável.
Neste ano, as fontes renováveis devem representar 155 GW e contar com um acréscimo de 37 GW até 2026.
Mello destaca que, com a redução nos preços para instalação de projetos de geração solar e eólica, novos parques entram em operação a cada dia, e por isso, os recordes de geração serão ultrapassados corriqueiramente. “As energias eólica e solar estão tendo um papel essencial em reduzir a pressão da geração hídrica. As fontes são complementares e por isso a importância da diversificação da matriz elétrica”.
O estudo ainda aponta que as renováveis correspondem a 86% da matriz energética do SIN. Neste ano, as fontes renováveis devem representar 155 GW e contar com um acréscimo de 37 GW até 2026. São consideradas fontes não renováveis as termelétricas convencionais e nucleares, que somam 25 GW em 2021, chegando a 29 GW em 2025.